Não sei, mas adotar uma criança sempre me pareceu uma coisa legal.
Poxa, dar um amor infinito para uma pessoa que não teve esse amor, você faze-la sentir parte da sua família sem necessariamente ser "do sangue" dela. Conversar, mimar, levar no shopping, fazer parte da sua vida alguém que não conseguiu ou não quis fazer isso. Ver ela ir bem na escola, arranjar um amor, sofrer, começar a trabalhar, ter dificuldades e depois de tudo vê-la sorrir, te agradecer por você ser o pai dela... Não tem dinheiro que pague e nem sangue que compense.
Dividir sua vida com alguém que você escolheu, que você se dispôs a conviver, confiar, inserir em uma família, num carinho, numa cama quente, em momentos únicos, saber responder a uma pergunta, tudo isso é uma prova de amor gigante.
Pode parecer "escolher um produto numa vitrine" no começo, ver um rosto estranho na sua casa, ter um prato a mais na mesa, apresentar como "filho" alguém que você não conhece direito. Coisas estranhas? Quando você chama de "filho" aquela pessoa, você não rotula, você nomeia o ser especial, "o produto" que você escolheu com cuidado, que você teve o apreço primário.
Depois de você estudar, você ter o emprego que sonha, achar alguém que você ama, que te entende e que você quer passar o resto da vida, você opta pela adoção, você decide acolher um ser humano, passar a vida do lado dele, deixar tudo o que você tem quando morrer para ele, dar seu sobrenome.
É lindo isso. Deve ser inexplicável a sensação. Sublime.
E eu quero adotar. Me estabilizar, achar alguém que também esteja disposto a isso. Enfrentar toda a dificuldade possivel para adotar, mas ser recompensado depois com um simples sorriso ou um "Feliz dia dos pais".