quarta-feira, 18 de março de 2009

Escola e escolha: a decisão de educar

Postado por Thiago Ghougassian

Devagar, venho divagando (adoro) sobre coisas que entram em minha cabeça e permanecem lá por um tempo até serem envolvidas por uma série de fatos e desejos de serem explicadas. Não tenho bagagem cultural suficiente para explicar tudo que quero (e é a graça da vida), mas eu tento explicar na medida do possível (ou só jogo uma pergunta e espero que alguém me ajude a responder/ entender). Alguns filmes, fatos, livros ou histórias alheias me inspiram de uma maneira fenomenal, o que me deixa feliz por conseguir fazer uma ponte entre diversos assuntos. Pois bem, levando isso em consideração, percebi que o papel da escola está errado. Explico: cheguei a conclusão de que a escola atua de forma errada na vida do ser humano. Sim, a escola é um excelente palco de convívio social, relacionamento com diversas manifestações de culturas, histórias e pontos de vista, porém existe algo de errado e tomo como prova e objeto de justificativa o comportamento dos jovens no cenário contemporâneo.
Vamos por partes:
01. O professor. Este vem atuando somente como repassador de informação e história. Por exemplo, um mestre de história. Entra na sala, faz a chamada, abre o livro e alterna a leitura entre os alunos presentes, explicando o assunto depois e, raras vezes, ligando com assuntos da atualidades. Começo a perceber em meu pequeno mundo interpretações que o professor tem como dever educar o aluno, passando conteúdos relevantes da matéria que leciona, sem sobra de dúvida, mas o ensino vai um pouco além. Este profissional deve orientar o aluno a tomar decisões e fazer escolhas concisas e corretas, pensando no seu bem estar e alinhando isso com ética. Feito isso, o aluno sairá da escola com total capacidade de processar a informação que recebe e usar isso a seu favor. Parece que toda a informação transferida (e não necessariamente aprendida e compreendida) é útil até o dia da prova escolar. Poucas coisas são absorvidas e lembradas quando necessário. Essa educação é algo fundamental, uma vez que, convivendo em um palco rico de contato social, as escolhas, aliás, boas escolhas, são de extrema importância para o ser humano que certamente levará isso para toda a vida (o real aprendizado).
02. O aluno: alunos com alunos se entendem (ou não) e classifico esse não entendimento como peça fundamental. Uma vez que há desacordo e divergência no ponto de vista, há um espaço para discussão (nas mais civilizadas) e brigas (na maioria) que deveria ser aproveitada pelo professor. Em minha humilde função de estudante, acredito que deveria haver uma aproximação e acompanhamento da entidade escolar e do aluno. Isso acarretaria menores brigas nas escolas se os assuntos e desavenças fossem resolvidas em sala de aula, comparando aquela situação de discórdia com importantes pontos históricos.
03. Os pais: acompanhando cada vez menos os alunos na jornada escolar, os pais se limitam somente a comparecerem nas reuniões e convocações extras (freqüentes, diria eu) da escola. Alguns pais não tem consciência que tem dupla responsabilidade, educacionalmente falando: a educação relacionada a modos, postura e a educação convencional que estaria atrelada a acompanhamento de estudos

Certamente fui superficial em minhas colocações, mas em resumo: a escola tem o dever de orientar o aluno em como fazer escolhas e tomar decisões. Se isso realmente acontecesse, boa parte dos crimes e absurdos joviais que andam rondando o noticiário, seriam evitados uma vez que, sabendo decidir, perceberiam o que é de fato bom ou não para eles e, conseqüentemente, para a sociedade.