Ontem assisti "Slumdog Millionaire" (abrasileirado "Quem quer se um milionário". Um dia vou fazer um post sobre as traduções tosquíssimas de títulos de filmes) e posso dizer: que digno.
Não vou ficar aqui contando a história do filme, mas é sempre bom situar os que não sabem: o filme conta basicamente a história de Jamal, um indiano pobre que entra num programa que, provavelmente, o Silvio Santos copiou para fazer "Show do Milhão". Jamal então responde as perguntas com aparente facilidade, se lembrando de sua história e usando-a como repertório para o questionamento ao vivo. O problema é que acham que ele está trapaceando pois deduzem "já que ele é pobre, não sabe muita coisa então é trapaça". Como todo o filme hollywoodiano, ele vive feliz para sempre com o bolso cheio da grana e com o amor de sua vida (eu digo isso na maior naturalidade porque sei do final, mas até chegar no final dos 100 minutos de filme, fiquei tenso!)
História clichê: um rapaz pobre que se torna rico. Porém o interessante é como a história é contada. Obviamente o filme passou longe do Oscar de melhor figurino e cenário (se é que existe), mas, merecidamente, ganhou 8 estátuas amarelas e carecas desse ano e 4 Globos de Ouro. Eles mostram que a vida é a melhor escola e que algumas coisas que temos que responder não estão em livros mas sim na própria experiência. Mostram também que uma parte das pessoas ficam a vida tentando ser ricas, porém algumas pessoas conseguem isso de uma hora para outra, somente usando a inteligência. Não acredite em todo mundo, use o mal que as pessoas te fazem a seu favor e nunca desista do que realmente vale a pena são mensagens chave desse filme brilhante. No ínico eu pensei: "meu Deus! Essa droga ganhou tanto prêmio?", mas com o passar do filme eu percebi que lá existiam coisas que realmente são dignas de premiação e reconhecimento.
E o que esse filme ganhou? Oscar de:
- melhor filme
- diretor
- roteiro adaptado
- fotografia
- mixagem de som
- edição
- trilha sonora original
- canção original
Apesar de não concordar com algumas categorias, ele mereceu. Arrancou algumas lágrimas e várias reflexões as quais não vou listar aqui.
Fica então minha dica: assistam esse filme que vale muito a pena.
E semana que vem, assim que eu assistir "The curious case of Benjamin Button" (não, eu ainda não assisti), eu conto para vocês se vale a pena e se é merecedor da estátua amarela e careca de melhor maquiagem e direção de arte (e das 3 horas que vou gastar em frente da telona).