O dia e meus pensamentos estão chuvosos hoje. Nebulosas e cinzentas são as idéias e irritantes como chuva fina na pele são minhas decisões.
Ninguém disse que seria fácil. A aceitação é algo complicadíssimo. Na verdade, conviver em sociedade tem se tornado cada vez mais difícil. Compartilhar idéias, as tais das decisões, seguir o que os outros querem, tudo isso chegou ao limite. A vontade era explodir, sumir. Ao mesmo tempo, se eu sumisse, os problemas me perseguirião e teria cada vez mais dor de cabeça.
Teoricamente, quando se está bem consigo, as outras pessoas deveriam concordar ou nem se meter, certo? Errado. A maior prova disso ocorreu no meu café da manhã, depois de um final de domingo desastroso.
(ás vezes eu escrevo e muitos não entendem. Talvez seja porque eu não quero que entendam)
Senti a chuva bater em meu rosto, umidecer minhas roupas e molhar meu cabelo. Senti que a vida é muito mais imprevisível do que uma previsão do tempo. Parece que o céu sabe exatamente como nos sentimentos, exatamente o que estamos vivendo. Ontem fez sol e calor e hoje chova e esfriou. Irônico? É, é bem possível que sim, mas, se o céu sabe o que estamos vivendo, poderia eu pedir ao céu uma ajuda? Eu poderia pedir, sei lá, que amanhã fizesse sol? Gostaria de pedir a todos os ventos que soprassem as nuvens pesadas de chuva para longe, mas devemos viver a chuva para que depois o sol seque nossos corpos.
A questão é: porque agredir? Porque gritar como um trovão e machuca os outros como uma descarga elétrica? As pessoas poderiam simplesmente compreender que o tempo não varia como suas vontades e sim como é para ser. A gente não escolhe viver um inverno. Ele simplesmente existe.
O clima não é igual para todos. Para uns é sol e para outros neva. É assim que funciona.
Mas é difícil discutir com que não entende de tempo ou não dá abertura para entender.