E eu que me toquei só agora que não tinha postado a matéria que eu escrevi para o site Baladas sobre o show da Metropolitana que eu fui cobrir?! Hahaha!
Cabeçãããão! Mas ai vai!
Show da Metropolitana FM.
Aconteceu na última quinta-feira, 25 de setembro, o show da Metropolitana FM no Espaço das Américas, em comemoração ao dia do Rádio.
A animação era vista desde a fila: centenas de jovens esperavam pela abertura dos portões ás 19 horas. Cabelos predominantemente pretos e com franjas, bonés, calças xadrez e All Star pareciam ser o uniforme daquele evento. Se o uniforme era esse, o hino era "Entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena". Acontece que o show daquela noite contava com a participação da banda NxZero, além da banda Glória e Charlie Brown Jr. "Não importa se é quinta-feira, não tem dia nem hora para ouvir música boa" comenta a fã, ainda na fila, Andréa Sampaio, de 15 anos.
Parecia interminável a espera. "Eu dormi aqui! Faltei na escola e dormi aqui! Vale a pena... Minha mãe não queria, mas eu comecei a chorar! Meu Deus! É o NxZero!" fala animada a primeira da fila, Jaqueline Santos de 14 anos.
Portões abertos às 19 horas e 14 minutos. Por um segundo, parecia um show de solidariedade: é que era possível comprar meia entrada se levasse um quilo de alimento não-perecível e muitos dos jovens, ainda estudantes, preferiram ser solidários do que usar a carteirinha da escola. "É muito legal ver que eles (os jovens) treinam esse espírito de ajuda desde pequenos", disse Clarice de Campos, uma das funcionárias da Metropolitana, responsável pela coleta dos alimentos.
Casa de shows cheia. A energia positiva era perceptível e chegava a arrepiar. Todos cantavam, gritavam, dava risada e tiravam fotos, lógico. Não era só a produção do show que estava de parabéns: as equipes de limpeza e de segurança eram um show á parte.
As luzes se apagaram. Os gritos ecoavam pelo Espaço das Américas e o primeiro solo de guitarra da banda Glória dava vida ao breu. Um show de energia, muito grito (por parte do vocalista e pelo público) e luzes prometiam ser somente o começo daquela noite. O repertório compunha músicas como "Agora é minha vez", "Minha paz" e "Anemia".
O show termina, mas a vibração (não das caixas de som) permanecia naquele lugar. A expectativa para o próximo show, Charlie Brown Jr., só aumentava a animação.
Após um bom tempo de atraso, Charlie Brown Jr e o sucesso "Te levar" fazem o chão da Barra Funda tremer. O vocalista Chorão pula do palco ás caixas de som, mantendo o fôlego e aumentando a expectativa de um show contagiante. Hits como "Ela vai voltar", que Chorão dedicou a todas as mulheres e "Não uso sapatos", eram ouvidos com muitos tons de voz, porém com um único sentimento: a emoção. "Comecei a ouvir Charlie Brown por causa da "Malhação" (telenovela). Ai minha filha não parou mais de ouvir e eu a acabei seguindo" confessou Maria de Lourdes, de 43 anos que acompanhava a filha e a sobrinha, ambas de 13 anos. Com uma camiseta branca larga e uma calça jeans, Chorão não deixou a desejar e encerrou o show agradecendo a todos por estarem lá.
Agora era a vez do NxZero, mas antes, a produção e apresentadores da rádio Metropolitana, subiram no palco para apresentar os vídeos ganhadores da promoção "Você e o NxZero".
Após aplausos, chega o show mais esperado da noite. Dani, o baterista do NxZero é o primeiro a subir no palco, seguido por Fi, Caco, Gee e o vocalista, Di Ferrero. "Além de mim" faz com que as gargantas arranjem força e cantem muito além do que agüentem. As lágrimas corriam pelas bochechas e arrepiavam a pele de muitos. O impressionante era vez que todos conheciam absolutamente todas as músicas. As conhecidas como "Cedo ou tarde", "Razões e Emoções" e "Pela última vez" se misturavam com menos conhecidas como "Entre nós dois" e "Conseqüência". A interatividade entre os integrantes da banda fazia pulsar ainda mais rápido o coração e escorrer ainda mais rápido o suor na testa.
Foi então que Di chamou o rapper Túlio Deck, com que fizeram parceria no último CD do NxZero "Agora". As faixas "Bem ou mal" e "Além das palavras" foram emendadas, não somente pela voz de Deck e Ferrero, mas pelas vozes, algumas vezes agudas, é verdade, mas satisfeitas de estarem ali.
Além de Túlio Deck, o show prometia mais uma surpresa. Di chama Dinho Ouro Preto, vocalista da banda Capital Inicial que entrou com partículas de êxtase rondando seu corpo. Ele pulava, abraçava o NxZero, chamava o público a cantar ACDC mesmo sem saber. E nessa, o guitarrista da banda Raimundos, subiu no palco também, cantando "Mulher de fases".
"Eles sabem o que a gente quer ouvir, sabem inclusive o que sentimos e parece que escolhem a ordem das músicas prevendo nossa reação. Eles cantam e olham para a gente de uma maneira que não tem como não se emocionar" desabafou André Macedo de 18 anos, enquanto arrumava a franja.
Por volta das onze e quarenta e cinco da noite, o NxZero se despede, fazendo todos delirarem ao jogar copos de água, baquetas da bateria e uma toalha.
Foi uma noite nobre, digna de aclamações. Era visível a preocupação que o vocalista do NxZero e do Glória tinham com todos da produção e com o público. Um show contagiante, recheado de parcerias e gigantes do rock nacional.
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